Se um dia, alguém me pedisse para descrever
o perfil de um verdadeiro escoteiro adulto, talvez o definisse como um
indivíduo que ainda criança tivera a sorte de entrar para um Grupo de
escoteiros onde encontrara chefes dedicados e competentes que o levaram a
jogar “o jogo do Escotismo”, em todas as suas prerrogativas, lhe deram a
conhecer a deliciosa aventura de viver com a Natureza e a importância da
vivência em grupo, ajudando-o a descobrir os Princípios e Valores que o Método
cultiva. Ensinaram-lhe a conhecer-se, a superar-se e a respeitar a si próprio e
aos outros. A aprender fazendo, valorizando os conhecimentos dos demais e
participando com interesse e disponibilidade nas tarefas colectivas.
Ao crescer, desenvolvera os seus conhecimentos,
traçando o seu projecto pessoal de vida, com a segurança de quem sabe “conduzir a sua canoa” e com respeito
pelos que o rodeiam, cultivando os valores aprendidos no Escotismo e, no
momento próprio, numa opção consciente, trocou as fantasias do “jogo” e da
aventura pela interiorização do Compromisso assumido e tornado opção de vida,
valorizando os ensinamentos escotistas numa postura de cidadania e de
responsabilização perante si próprio e a sociedade, da qual se assume cidadão
interveniente e responsável.
Confesso que tenho a felicidade de conhecer (ou ter
conheci-do) pessoas assim, cidadãos conscientes da sua posição na sociedade,
profissionais competentes, probos e respeitados que, naturalmente se afirmam
escoteiros, testemunhando a importância do Escotismo na sua formação, enquanto
homens (ou mulheres) e cidadãos conscientes e úteis.
Todos os que nos
afirmamos escoteiros, deveríamos ser assim, não acham?
Mariano Garcia
Sem comentários:
Enviar um comentário