sexta-feira, 31 de maio de 2013

INTERVENÇÃO NA 52.ª CONFERÊNCIA NACIONAL DA AEP (EXTRACTOS)

Companheiros,

No ano em que a Associação dos Escoteiros de Portugal comemora o seu centenário, ao participarmos nesta Conferência, não pode a Fraternal Escotista de Portugal, que assume como seu todo o passado histórico da ex-Fraternal dos Antigos Escoteiros de Portugal e, por força de razão, as memórias do Escotismo em Portugal e, em especial as da AEP, deixar de chamar a vossa atenção para, em rápidas pinceladas, lembrarmos algumas fases da história dos Escoteiros de Portugal, pedindo o interesse de cada um de vós para este assunto, pois os dirigentes de hoje não podem ignorar aquilo que fomos e o que somos, uma vez que a história é o alicerce do futuro.

O “ALBUM DIGITAL” que a Fraternal pretende construir é bem o exemplo do nosso interesse pela história associativa, ajudando-nos a entender o processo de transformação desta Associação ao longo dos tempos e a sua identidade, tarefa para a qual continuamos a contar com a colaboração de todos.

Recordemos agora alguns passos dessa história, que orgulha muitos de nós.
Anos 1913 / 20
Foi da reconhecida necessidade de organizar o caos em que ameaçava transformar-se a entusiástica adesão dos nossos jovens ao movimento recém-criado em Inglaterra, e na sequência de uma brilhante campanha de divulgação de “O SÉCULO” e dos apelos de Melo Machado para que fosse constituída uma entidade para dirigir o movimento em Portugal, que nasceu em 6 de Setembro de 1913 a Associação dos Escoteiros de Portugal. 
A iniciativa, a competência, a ponderação, o entusiasmo e o heroísmo, foram as marcas dos primeiros tempos do Escotismo em Portugal:
O espírito de iniciativa de figuras como: Álvaro Melo Machado, Robert Moreton, Rudolfo Horner, Frank Giles, John Brown, António Sá Oliveira, Eduardo Santos, Eduardo Moreira, Ricardo Borges de Sousa e Alfredo Tovar de Lemos valorizaram os primeiros passos da associação e transmitiram-lhe dinamismo.
Os primeiros tempos – competência e ponderação
As figuras prestigiosas que se juntaram à AEP e a competência e ponderação que presidiram às decisões associativas foram decisivas para a afirmação da Associação.
Além dos nomes ilustres já referidos, ocorrem-nos ainda: Ernesto de Sousa, Francisco Caetano Dias, Júlio Ribeiro da Costa, Luciano Silva, Abílio dos Santos e Joaquim Duarte Borrego.
Os primeiros tempos – O entusiasmo e o heroísmo
Do entusiasmo dos primeiros passos, às inúmeras intervenções cívicas em que os escoteiros participaram durante os perturbados tempos das convulsões políticas e laborais que então se viveram, onde a abnegação, a atitude humanista e patriótica e a coragem dos escoteiros ganharam elevado relevo foi todo um caminho de implantação dos verdadeiros valores do Movimento com que B.P. nos dotou.
Humberto Martins, José Rodrigues, João Clímaco dos Nascimento, António Xavier de Brito, Manuel Pereira, José e Manuel Duarte Borrego, Cosme Vieira Leitão, Albano da Silva, Ralão, António Alves, Ramiro, são alguns dos nomes que testemunham o entusiasmo e o heroísmo dos escoteiros daquela época.

No entanto, o cansaço resultante do empenhamento social, talvez excessivo, e os diferentes conceitos de orientação associativa enfraqueceram a AEP, exigindo grandes sacrifícios pessoais que projectam e dignificam as excepcionais figuras do Rev. Eduardo Moreira e do dr. Alfredo Tovar de Lemos.
Anos 20: Prestígio e Reconhecimento
 Prestigiada pelo público e reconhecida pelo Governo, a AEP cedo se evidenciou como uma escola de formação para a juventude. O dr. Alfredo Tovar de Lemos, sabendo rodear-se de bons colaboradores como Dinis Curson, Apolinário Chagas, Alberto Lima Basto, Joaquim Duarte Borrego, Franklim Oliveira, Fausto Salazar Leite, Edmundo Lima Bastos, Magalhães Godinho, Joaquim Amâncio Salgueiro, o dr. João de Barros e muitos outros, conduziu a AEP ao mais brilhante período da sua história. Outros dirigentes se lhe seguiram, com o mesmo empenhamento mas sem o brilho da sua liderança.
1930 / 36 Progressos e Vicissitudes
Porém, após publicação do Decreto 21 434 de 1932 a AEP fica sob a tutela do Estado, o que faz despertar novas vicissitudes e conflitos.
1936 / 48 Dificuldades e Recessão
Do consolidar dos seus valores morais e cívicos até à resistência às regras ditatoriais que ameaçaram extingui-la e que depois a submeteram durante décadas, condicionando o trabalho educativo e abnegado de muitos dos seus dirigentes, foi mais outro caminhada difícil, que obrigou os mais esforçados dirigentes a alguns sacrifícios e, em alguns casos, a temer pela sua segurança.
1948 / 74 – Recuperação e Proteccionismo
Duas vertentes constituíram os pilares da associação neste período:
Uma, a da segurança, através da mobilização para lugares cimeiros da associação de algumas personalidades que, embora ligadas ao Estado-Novo, haviam vivido o Escotismo durante a sua juventude e quiseram demonstrar o seu apego e interesse pelo Movimento.
A outra, que poderemos designar por promoção e defesa dos valores do movimento e de consciencialização pública do sentido educativo do Escotismo, desempenhada pelo jornal ”Sempre Pronto”.
1974 /1979 – Renovação e Instabilidade
Com a libertação do País, também a A.E.P. se sentiu mais livre e entregue à capacidade dos seus principais dirigentes, que nem sempre corresponderam ao melhor que deles se esperava. Chamado em emergência para conduzir a Associação, Fausto Salazar Leite, rodeado de alguns dirigentes mais progressistas e dedicados, traçou um novo programa de recuperação dos Princípios escotistas e desenvolvimento associativo, que cedo deparou com a resistência de elementos mais retrógrados que boicotaram o trabalho desenvolvido e fizeram ruir a estrutura que ainda mal se esboçara, criando de novo situações de instabilidade e de duvidosa qualidade do trabalho desenvolvido associativamente.
1980 / 84 Renovação Pedagógica e Crescimento
Período de renovação, com novas figuras e jovens dirigentes, durante a qual se reviu todo o sistema de progresso e metodologia associativa e se apontaram novos caminhos para a AEP.
Alguns nomes importa recordar: José Eduardo Ribeiro, Armando Inácio, João Constantino.
1985 / 89 Nova Recessão... 1989 / 90 Recuperação e Formação
Depois de dois membros da Chefia Nacional terem em Agosto de 84 pedido a demissão e do Chefe Nacional, dois dias depois da Conferência Nacional de Fevereiro de 1985, ter abandonado o país, sem ninguém ter informado, assiste-se a novo colapso, com consequências devastadoras no trabalho associativo.
Esta situação é alterada só no ano de 1990, com a aprovação em Conferência Nacional de uma proposta que levou ao início da formação de dirigentes, tendo o 1.º Curso Avançado de Instrutores de Formação (CAIF), sido realizado em Novembro desse ano.
...

Mas companheiros, recordando o passado, importa, principalmente, prestigiar o presente e preparar o futuro…

E… porque as principais tarefas da Fraternal não são o estudo da história, nem os relatos do passado…importa falar do presente e do futuro.

Assumimo-nos hoje como uma associação de escotismo para a idade adulta, preocupados com a defesa e divulgação dos seus valores, onde os 3 principais objectivos são:

- Contribuir para o contínuo desenvolvimento pessoal dos associados, segundo os Valores Escotistas, prosseguindo, assim, a sua autoformação com um método próprio, procurando que eles sejam cada vez mais autónomos, solidários, responsáveis e empenhados;
- Prestar serviço às comunidades locais, nacionais e internacional, no respeito pelos cidadãos e pelo ambiente , participando em acções humanitárias, sociais e ambientais destinadas a melhorar o Mundo e a vida dos seus habitantes;
- Apoiar o Movimento juvenil, desenvolvendo acções dirigidas essencialmente a promover e apoiar o escotismo da Associação dos Escoteiros de Portugal.

Por isso, não entendemos, como ainda acontece na ideia de muitos, mesmo daqueles que sempre foram fiéis aos Princípios Escotistas, que o Escotismo é um Movimento apenas para jovens, onde o único papel dos adultos é serem dirigentes ou instrutores. Não era convictamente esta a ideia de B.-P.! que, não esqueçamos, criou o Movimento quando já tinha alguma experiência de vida e 50 anos de idade.  Certamente que Baden-Powell não pensava que o Movimento Escotista se destinava apenas aos jovens. Relembrando os seus slogans mais conhecidos “Uma vez Escoteiro, sempre Escoteiro” ou “O Escotismo é para pessoas dos 8 aos 80 anos” e muitos dos seus escritos, como a “última mensagem”, por exemplo, podemos aperceber-nos de que os princípios e valores do Escotismo, incluindo alguns pontos do método Escotista, mantêm a sua validade e significado na vida adulta.

Mas a tarefa de mudar mentalidades e de procurar que a Fraternal seja socialmente interventiva e útil, não tem sido fácil…

Também algumas vezes nos interrogamos se o Escotismo atinge o pleno sucesso perante a maioria dos jovens, ou seja, se consegue garantir a solidez da formação cívica aos membros que deixam o Movimento, mesmo aos que têm uma atitude positiva perante a sua entrada na vida adulta, reconhecendo-lhe as competências para o fazer de uma forma construtiva, afirmativa e responsável, percebendo contudo que, precisará de continuar o seu desenvolvimento, enquanto pessoa autónoma, solidária, responsável e empenhada, podendo ainda continuar ligada ao escotismo, através da Fraternal, prosseguindo assim a sua autoformação e ser útil para a sociedade.

 E descansem todos aqueles que pensam que estamos a tentar seduzir os jovens adultos e a contribuir para a redução dos recursos adultos da AEP.
Antes pelo contrário!
Importa, por isso, enaltecer o papel que a Fraternal pode ter no que respeita à possibilidade de criar novas vocações para o Movimento entre os adultos. Muitos adultos, essencialmente os pais ou outros adultos (mesmo sem familiares nos escoteiros) que nã

o tiveram a possibilidade de serem escoteiros na sua juventude, podem descobrir os "valores do escotismo" só na idade adulta e decidir aceitá-los, como regra para as suas vidas. Assim, devido à idade, à falta de disponibilidade ou de interesse em serem dirigentes, por estarem longe dos grupos, será só através da Fraternal que poderão fazê-lo, e assim, poderão também, através da sua ajuda e dos seus conhecimentos, virem a ser uma mais-valia para a AEP.

....
Os nossos principais projectos e acções, ligados á divulgação do escotismo e de apoio à AEP, são:
- O Álbum digital;
- O jogo “O explorador";
- Elaboração de um “Manual” para pais – “Escotismo: mais do que uma ocupação de tempos livres, um modo de vida”;
 Contribuição para a elaboração de um acervo histórico, que venha a permitir fazer a história dos Escoteiros de Portugal;
- Criação de um Museu virtual;
- Ajuda às actividades nacionais e regionais;
- Colaboração nas actividades do centenário do Escotismo em Portugal;
- Honrar as responsabilidades assumidas na Parceria estabelecida com a AEP, relativa ao Projecto Educativo e Interculturas, que tem por objectivo, a contribuição para a educação dos nossos jovens, através de um sistema de valores, para ajudar a construir um Mundo Melhor.

Conscientes de que as nossas expectativas para o Movimento escotista em Portugal são algo ambiciosas, ainda que as consideremos ao alcance de dirigentes aplicados e competentes, não nos furtaremos a um aprofundado diálogo sobre os caminhos futuros do Escotismo, ou mesmo à análise crítica dos nossos projectos e opiniões, na esperança de que esse diálogo possa contribuir para o progresso e dignificação dos Escoteiros de Portugal.

Não queremos terminar sem manifestar o nosso sincero agrado pela evidente evolução quantitativa e qualitativa que temos vindo a observar na vida da AEP, ainda que tal resulte de uma análise externa e pouco documentada como é a nossa. No entanto, julgamos estar certos quando consideramos que a maioria dos dirigentes associativos tem vindo a adquirir uma sólida consciência dos reais valores do Escotismo e da importância pedagógica do Movimento na formação cívica dos nossos jovens, facto a que não será alheio o bom trabalho que tem vindo a ser realizado pela ENFIM, pedra mestra do edifício centenário que é a AEP.

Saudamos, por isso, o esforço de todos os dirigentes e desejamos que em cada um de vós desperte a certeza de que estão trabalhando para uma causa sem paralelo e, sem receios nem tibiezas possam, possamos todos, proclamar que o Escotismo é uma escola de formação de cidadãos úteis e conscientes, ao serviço do próximo e do país, defensores acérrimos da Natureza e construtores da Paz entre os povos e as nações. Com esta postura deveremos celebrar com alegria o primeiro centenário e caminhar seguros na construção do segundo.

BOA – CAÇA a todos

Beja, 25 de Maio de 2013

domingo, 12 de maio de 2013

Mensagem da Fraternal no Centenário do Grupo n.º 7


Escoteiros,

  Caros companheiros,


Ao participar com a maior satisfação nesta data tão importante e festiva quero, em nome da Fraternal Escotista de Portugal, agradecer o convite que a chefia do Grupo nos formulou para aqui estar e dirigirmos algumas palavras aos presentes, o que fazemos com a alegria de quem vive um momento único e irrepetível nas nossas vidas - o centenário do Gr. n.º 7.
Para não fugirmos ao tempo que nos foi recomendado, limitaremos a nossa intervenção a três aspectos que consideramos essenciais:
O primeiro e mais importante, para recordar o aparecimento do grupo na União Cristã de Jovens, uma associação cívica e religiosa localizada na Rua do Heroísmo. Foi uma iniciativa de Abel dos Santos e Silva e Luciano Silva, ambos membros da ACM e escoteiros do Grupo n.º 1, com a preocupação de levar o Escotismo mais para perto de suas casas e contribuir, assim, para a sua expansão. Em 20 de Maio de 1913, ainda antes de criada a Associação, nasceu o Grupo n.º 7, sob a chefia de Luciano Silva, apoiado entusiasticamente por José Rodrigues, que mais tarde substituiu aquele na chefia do Grupo e que veio a ser uma das figuras mais destacadas nas inúmeras intervenções cívicas em que os escoteiros de Lisboa intervieram durante os perturbados tempos das convulsões políticas e laborais que então se viveram, onde a abnegação, a atitude humanista e patriótica e a coragem dos escoteiros ganharam elevado relevo.
Com o sentimento do maior respeito e admiração por esses pioneiros, queremos homenagear todos aqueles que ao longo destes 100 anos, contribuíram para elevar o prestígio do SETE e manter os valores e princípios do Escotismo, enunciados por B.-P.. Foi graças ao entusiasmo dos seus escoteiros e à dedicação dos seus dirigentes, ao longo de todos estes anos, que o Grupo chegou aos nossos dias e, correndo o risco de ingratidão pelas ausências, ocorre-nos à memória, além dos já citados, os nomes daqueles que participaram ou estiveram perto da vida da Fraternal, como Otelo Henriques de Sousa, Miguel Martins, Armando Carlos (escoteiros da minha geração), mais recentemente o Mário Carmo e actualmente o Paulo Franco.
A Fraternal, assumindo-se como repositório da história do Escotismo no nosso País, não pode deixar de agradecer a todos os dirigentes que se empenharam e trabalharam de forma desinteressada para assegurar a continuidade do Grupo e do seu escotismo de qualidade, algumas vezes exemplar.

 Em segundo lugar, gostaríamos de referir os propósitos da Fraternal, resumidos na sua finalidade e na sua missão.
1. A FRATERNAL tem por finalidade agregar antigos Escoteiros com vontade de continuar a viver o Espírito Escotista, assim como outros adultos que se identifiquem com os princípios e valores do movimento estabelecido por Baden-Powell;
2. A FRATERNAL tem por missão promover, apoiar e agir junto dos seus membros, encorajando-os a conservar sempre bem vivo o espírito do Compromisso de Honra e da Lei do Escoteiro e, num processo de contínuo desenvolvimento pessoal, ajudá-los a transmitir esse espírito nas comunidades em que vivem e trabalham, prestando serviço activo a essas comunidades, mobilizando-as e à sociedade em geral:
a) Na divulgação e apoio activo ao Escotismo, em especial à Associação dos Escoteiros de Portugal;
b) Na promoção da paz e do bem-estar social, numa perspectiva de formação ao longo da vida e de educação para a cidadania;
c) Na educação ambiental e protecção da natureza e dos cidadãos;
d) No estímulo ao empreendedorismo, criatividade e inovação;
e) Na cultura, desporto e lazer;
f) Na integração social, desenvolvimento comunitário e cooperação para o desenvolvimento ao nível internacional.
A primeira das preocupações da Fraternal é pois a divulgação e apoio ao Escotismo Juvenil, porque este é a essência e razão de ser do Movimento a que também pertencemos. Por isso, queremos ser fortes para adquirir a capacidade de poder contribuir para a melhoria das condições de vida dos grupos, na aquisição e melhoramento das suas sedes, nos difíceis contactos com as entidades autárquicas e patrocinadoras, dizer presente quando nos solicitarem colaboração na organização de actividades de maior envergadura, oferecer com a nossa presença o estímulo que os dirigentes precisam e merecem e transmitir aos mais jovens o nossa experiência escotista.
Assim sendo, aqui deixo o nosso desafio à “Velha Guarda do 7”, mas também a todos os outros grupos, para que se venham a constituir Núcleos da Fraternal, que trabalhem na área geográfica dos grupos e que possam vir a ser um precioso apoio daqueles e ao serviço da comunidade em que estejam inseridos e se constituam também excelentes divulgadores dos valores do Escotismo junto das entidades e população local.

Em terceiro e para terminar, queremos deixar uma mensagem especial para os lobitos, escoteiros e caminheiros:
Acreditem que os valores escotistas, contidos na Lei do Escoteiro e no Compromisso de Honra, vão ser a base fundamental para as vossas vidas e que os ensinamentos proporcionados pelo Escotismo vos tornarão cidadãos mais conscientes e mais úteis para a sociedade. Que, os sentimentos de igualdade e tolerância, a responsabilidade e liberdade, a participação e cidadania activa, a construção da Paz e o desenvolvimento sustentável, nunca sejam esquecidos durante toda a vossa vida, e em especial, na idade adulta.
Quero deixar também em nome da Fraternal Escotista de Portugal, os melhores votos de boa-caça e longa vida para o Grupo n.º 7.
PNEC, 11 de Maio de 2013
Rui Horácio Macedo – Presidente da Direcção